Tenho a alegria de noticiar que o texto comunicado em
evento que se realizou em outubro de 2016, em São Paulo, sobre o escritor,
professor, pensador e crítico literário português Fidelino de Figueiredo
tornou-se artigo constante no livro Fidelino
de Figueiredo: travessias: estudos de filosofia e literatura, com
organização de Rita Aparecida Santos, Maria Celeste Natário, Renato Epifânio e
Luísa Malato. A editora do volume é a Pontes de Campinas-SP.
Nesse pequeno trabalho, discorro sobre as especificidades do
pensamento liberal de José Guilherme Merquior e do autor de O medo da história, tomando como
referência as reflexões de cada um desses intelectuais a respeito das noções de
razão e modernidade. Observo que Fidelino identifica-se com uma corrente do
liberalismo mais conservadora e de coloração pessimista, aspecto nitidamente
motivado pelo testemunho dos grandes regimes autoritários (fascismo italiano,
nazismo alemão, socialismo soviético) e das duas Grandes Guerras. Além disso,
ressalto que o liberalismo fideliniano se concentra no campo das reflexões
éticas e culturais, ao passo que o merquioriano investe nesse e em outros
campos, como o da economia. Também se diferencia o liberal brasileiro do
português pela postura mais otimista e reformista, entusiasta notório que foi
da razão como instrumento capaz de desvendar as verdades fundamentais e da
modernidade como ápice de conquistas sociais, políticas, jurídicas etc.
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