Sobre o canhão
Cantava um rouxinol
Perdi meu violino
A trincheira
Circunda a Terra
Que frio
Todos os pais vestidos de soldado
Alguém assobia atrás de sua própria vida
CROANA VERDUN ALSÁCIA
Formoso branco é a lua
A sombra de um soldado
Jazia num agulheiro
Pode ver-se no solo ensanguentado
O aviador que feriu a cabeça contra uma
estrela apagada
E melhor que um cão
O canhão vigia
Às vezes ladra
À
LUA
Todas as estrelas são agulheiros de obuses.
(Trad. Antônio Risério in HUIDOBRO, Vicente. Altazor e outros poemas. São Paulo: Art Editora, 1991. p.183)
Cantava um rouxinol
Perdi meu violino
A trincheira
Circunda a Terra
Que frio
Todos os pais vestidos de soldado
Alguém assobia atrás de sua própria vida
CROANA VERDUN ALSÁCIA
Formoso branco é a lua
A sombra de um soldado
Jazia num agulheiro
Pode ver-se no solo ensanguentado
O aviador que feriu a cabeça contra uma
estrela apagada
E melhor que um cão
O canhão vigia
Às vezes ladra
À
LUA
Todas as estrelas são agulheiros de obuses.
Halalí,
1914
(Trad. Antônio Risério in HUIDOBRO, Vicente. Altazor e outros poemas. São Paulo: Art Editora, 1991. p.183)
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