sábado, 4 de agosto de 2018

Edições dos livros de Merquior: Foucault, O marxismo ocidental, De Praga a Paris

A década de 1980 foi um período em que José Guilherme Merquior alvejou com insistência o estruturalismo, então em declínio, e o pós-estruturalismo, já disseminado para além das fronteiras francesas. Foucault, publicado em inglês pela britânica Fontana Press, em 1985, consiste na primeira grande investida do autor brasileiro nesse propósito, que se enquadra na sua plataforma liberal. No mesmo ano, a Nova Fronteira lança a versão em vernáculo do livro, intitulando-o Michel Foucault, ou o niilismo de cátedra. Donaldson M. Garschagen traduziu essa consistente e aguda crítica à obra do pensador parisiense.


Logo em 1986, outro volume em inglês amplia o acervo merquioriano: trata-se de Western Marxism, título editado pela também britânica Paladin. No ano seguinte (1987), outra vez a Nova Fronteira publica a tradução (por Raul de Sá Barbosa), O marxismo ocidental, cuja segunda edição não tarda a aparecer. A terceira, conforme já noticiamos na postagem anterior (26 de julho), será lançada pela É Realizações, como o oitavo volume da Biblioteca José Guilherme Merquior.


Surpreende que em 1986 o ensaísta fluminense tivesse encontrado fôlego para  outro título, ainda em inglês: From Prague to Paris, subintitulado “a critique of structuralist and post-structuralist thought”, pela editora britânica Verso. Como de costume, a tradução do livro vem a público, mas dessa vez alguns anos depois. De Praga a Paris sai pela Nova Fronteira, traduzido por Ana Maria de Castro Gibson, em 1991 – ano da morte de José Guilherme Merquior, quem, entretanto, teve ânimo para revisar a versão na língua pátria de um de seus últimos e mais importantes trabalhos.

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