Ontem
(29 de maio) ocorreu o primeiro encontro de 2015 do GEM, o Grupo de Estudos Merquiorianos,
cuja atuação, desde fevereiro de 2013, tem sido conduzida conforme o projeto de
pesquisa intitulado “A poesia modernista brasileira segundo José Guilherme
Merquior”, sob coordenação do prof. Dr. Adriano Drumond, docente do quadro de
literatura da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Bom Jesus-PI. Estiveram presentes os discentes do curso
de Licenciatura Plena em Letras Português dessa instituição Denise Bezerra
Leal, Daniela Ferreira Martins, Silvânia Maria de Sousa Brito e Daniel Nogueira
do Nascimento.
A
reunião objetivou informar aos alunos a trajetória do grupo, do qual integrantes
anteriores produziram e defenderam, ao todo, quatro monografias como trabalhos de
conclusão de curso tematicamente enquadradas no projeto, esclarecer os objetivos
gerais da pesquisa e fornecer dados introdutórios acerca da biografia e da obra
de Merquior.
Partimos
de breve comentário ao seguinte universo lexical, conceitual e onomástico, que diz
respeito ao pensamento crítico do autor em estudo, além de sucinta reflexão acerca
de passagem extraída da “Advertência” à Razão
do poema (1965), mais abaixo transcrita:
Estruturalismo; Formalismo;
Estilística; Nova crítica; História da literatura; Abordagem sociológica; Marxismo;
Marxismo ocidental; Arte de vanguarda; Modernismo; Euromodernismo; Alto
modernismo; Modernismo brasileiro; Surrealismo; Dadaísmo; Expressionismo;
Futurismo; Concretismo; Alegoria benjaminiana; Arte pop; Kitsch; Psicanálise; Escola de Frankfurt; Fenomenologia;
Iluminismo; Neo-iluminismo; Liberalismo; Social liberalismo; Sociologia;
Filosofia; Estética; Crítica literária; Teoria literária; Diplomacia;Itamaraty;
Linguística; Academia Brasileira de Letras; Direito; Razão; Contracultura; Kulturpessimismus; Aristóteles; Immanuel
Kant; Hegel; Nietzsche; Sigmund Freud; Karl Marx; Claude Lévi-Strauss; Roland
Barthes; Roman Jackobson; Tzetan Todorov; Jacques Lacan; Michel Foucault; Jacques
Derrida; João Cabral de Melo Neto; Carlos Drummond de Andrade; Murilo Mendes;
Oswald de Andrade; Mário de Andrade; Cassiano Ricardo; Manuel Bandeira; Gonçalves
Dias; Machado de Assis; Geração de 45; Voltaire; Jean-Jacques Rousseau; Max
Weber; Walter Benjamin; Herbert Marcuse; Theodor Adorno; Jürgen Habermas; Octavio
Paz; Afrânio Coutinho; Antonio Candido; Wilson Martins; Roberto Schwarz;
Augusto Meyer; Eduardo Portella; Sergio Paulo Rouanet; José Mario Pereira;
Leandro Konder; Raymond Aron; Ernest Gellner.
“Doa a quem doer,
permaneço um racionalista – embora firmemente convencido de que o único
racionalismo consequente é o que se propõe, não a violentar o mundo em nome de
seus esquemas, mas a apreender em seus conceitos, sem nunca render-se ao
ininteligível, sem jamais declarar o inefável, a essência de toda realidade,
ainda a mais esquiva, mais obscura e mais contraditória. Somente as almas
cândidas, os cegos voluntários e os contempladores do próprio umbigo não
percebem e não aprovam a virilidade desta
Razão; mas ela é apenas a própria e íntima razão de todo verdadeiro
conhecimento humano.” (“Advertência” in Razão
do poema, 2013, p.19-20)
Nas próximas reuniões do
GEM, com previsão de frequência quinzenal, discutiremos entre junho e novembro
deste ano os seguintes textos de José Guilherme Merquior:
a)
“Lírica, razão e crítica: ensaio para um
juízo preparado sobre a nova poesia no Brasil” in Razão do poema: ensaios sobre crítica e estética. 3ª ed. São Paulo:
É Realizações, 2013. pp. 180-221.
b)
“Natureza da lírica” in A astúcia da mimese: ensaios sobre a lírica.
2ª ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997. pp.17-33.
c)
“Fragmentos de história da lírica moderna
in Formalismo e tradição moderna: o problema
da arte na crise da cultura. São Paulo: Forense, 1974. pp.65-76.
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