Razão do poema foi
o livro de estreia de José Guilherme Merquior, que então contava somente 23
anos de idade. Foi publicado em 1965 pela editora carioca Civilização
Brasileira. Alguns amigos insistiram, mais tarde, para que o autor
providenciasse uma segunda edição. Subintitulada “ensaios de crítica e de
estética”, a obra, contudo, só viria a ser republicada cerca de 5 anos após a
morte de Merquior, em 1996, pela também carioca Topbooks. Diga-se de passagem,
o proprietário da Topbooks, José Mario Pereira, foi quem escreveu um dos textos
fundamentais sobre o grande amigo ensaísta e pensador, “O fenômeno Merquior”.
Mais recentemente (2013), Razão do poema teve
sua terceira edição, surgindo como o segundo título da Biblioteca José
Guilherme Merquior, agora pela editora paulista É Realizações.
Leandro Konder assina a orelha da primeira edição,
cuja capa, como se pode constatar (à esquerda na imagem acima), é muito bonita.
A ilustração é de Eugênio Hirsch. Na segunda edição (centro da imagem acima),
também aparece na orelha o texto de Konder, que passa a constar como apresentação
da terceira (à direita na imagem acima). Esta enriqueceu-se com reproduções
de cartas escritas e recebidas por Merquior, e com os posfácios “A razão
poética segundo José Guilherme Merquior”, de Wanderson Lima, e “Dez anos sem
José Guilherme Merquior”, de José Mario Pereira.
O segundo livro de Merquior, Arte e sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamim, foi publicado
primeiramente em 1969, pela Tempo Brasileiro, editora de outro grande amigo do
ensaísta, falecido ano passado, Eduardo Portella. Lembra-se sempre desse título
como registro pioneiro da recepção no Brasil da Escola de Frankfurt. A É
Realizações o republicou em 2017 (capa acima à direita). Esse mais recente
volume da Biblioteca José Guilherme Merquior tem apresentação de Günter Karl
Pressler, os posfácios “Um projeto para o futuro? Relendo o jovem José
Guilherme Merquior”, de João Cezar de Castro Rocha, “Arte e sociedade em
Benjamin, Adorno e Marcuse”, de Sérgio Tapajós, e “A crítica da cultura segundo
José Guilherme Merquior”, de Regina Zilberman. O texto de Tapajós consta na
orelha da primeira edição da obra, aliás, subintitulada “ensaio crítico sobre a
Escola neo-hegeliana de Frankfurt”. Acréscimo valioso da segunda edição é o
acesso ao documentário José Guilherme
Merquior: paixão pela razão.
A astúcia da mímese:
ensaios sobre lírica constitui o terceiro livro de Merquior,
publicado em 1972, pela célebre Livraria José Olympio em convênio com o
Conselho Estadual de Cultura de São Paulo. Na edição princeps (à esquerda na imagem acima), escreveu a orelha ninguém
menos do que Afonso Arinos de Melo Franco. A Topbooks, em 1997, republica o
título (à direita na imagem acima), incumbindo Antônio Paulo Graça de redigir a
orelha.
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