Nome
de destaque no panorama da crítica literária brasileira da segunda metade do
século passado, Leodegário Amarante de Azevedo Filho publicou livros de
interesse permanente, a exemplo de suas reflexões sobre a constituição do
verso, expostas em A técnica do verso em
português (1971), além de títulos mediante os quais contribuiu para a
compreensão de novas metodologias analíticas, como em Estruturalismo e crítica de poesia (1970). Em Introdução ao estudo da nova crítica no Brasil, Leodegário A. de
Azevedo Filho escreveu a nota abaixo transcrita, aliás publicada em livro que,
de pouco tempo (meses), antecede Razão do
poema:
“A contribuição de José
Guilherme Merquior, no terreno da crítica de poesia, já se faz sentir no meio
literário brasileiro, embora o jovem autor não tenha ainda publicado nenhum
volume que indique precisamente a sua dimensão. Os seus trabalhos esparsos são
publicados em suplementos literários, jornais e revistas, e todos de excelente
qualidade. Tivemos a oportunidade de assistir a um curso que o autor ministrou
sobre a poesia brasileira. Não deve parar. Pelo contrário. Deve prosseguir, e
publicar em volume, pelo menos, uma seleção de seus melhores artigos esparsos.
Muito lucrará a literatura brasileira com a contribuição de gente moça como
José Guilherme Merquior, que se apresenta com seriedade nos estudos publicados
e dotado de excelente método de trabalho. Não há dúvida de que estamos diante
do melhor crítico de poesia de nossas letras, no período neo-modernista, em sua
mais recente geração.” (p.100)
(Introdução ao estudo da nova crítica no
Brasil: ensaio de história e crítica literária. Rio de Janeiro: Livraria
Acadêmica, 1965)
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