sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Conselhos acatados e elogios merecidos de Leodegário A. de Azevedo Filho

Nome de destaque no panorama da crítica literária brasileira da segunda metade do século passado, Leodegário Amarante de Azevedo Filho publicou livros de interesse permanente, a exemplo de suas reflexões sobre a constituição do verso, expostas em A técnica do verso em português (1971), além de títulos mediante os quais contribuiu para a compreensão de novas metodologias analíticas, como em Estruturalismo e crítica de poesia (1970). Em Introdução ao estudo da nova crítica no Brasil, Leodegário A. de Azevedo Filho escreveu a nota abaixo transcrita, aliás publicada em livro que, de pouco tempo (meses), antecede Razão do poema:


“A contribuição de José Guilherme Merquior, no terreno da crítica de poesia, já se faz sentir no meio literário brasileiro, embora o jovem autor não tenha ainda publicado nenhum volume que indique precisamente a sua dimensão. Os seus trabalhos esparsos são publicados em suplementos literários, jornais e revistas, e todos de excelente qualidade. Tivemos a oportunidade de assistir a um curso que o autor ministrou sobre a poesia brasileira. Não deve parar. Pelo contrário. Deve prosseguir, e publicar em volume, pelo menos, uma seleção de seus melhores artigos esparsos. Muito lucrará a literatura brasileira com a contribuição de gente moça como José Guilherme Merquior, que se apresenta com seriedade nos estudos publicados e dotado de excelente método de trabalho. Não há dúvida de que estamos diante do melhor crítico de poesia de nossas letras, no período neo-modernista, em sua mais recente geração.” (p.100)


(Introdução ao estudo da nova crítica no Brasil: ensaio de história e crítica literária. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1965)

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